Em um passo importante para a aceitação das criptomoedas no Brasil, o Itaú, que é o maior banco da América Latina, lançou um relatório voltado exclusivamente para ativos digitais. Essa novidade, chamada de “Cenário Cripto”, chega com a proposta de ser uma análise mensal do mercado cripto. O banco baseará suas observações no desempenho do Hashdex Nasdaq Crypto Index (HASH11) e ainda fará um pente-fino nas principais criptomoedas: Bitcoin (BTC), Ethereum (ETH), XRP (XRP) e Solana (SOL). Essas moedas digitais podem ser negociadas na plataforma de investimentos do Itaú, o Íon, tanto de forma direta quanto através de ETFs.
Na primeira edição do relatório, escrita pelos analistas Lucas Piza e Fábio Perina, a expectativa é de que o Ethereum despontará como a criptomoeda com maior potencial de valorização, especialmente no quarto trimestre do ano, ultrapassando o Bitcoin.
Atualmente, as principais criptomoedas apresentam um desempenho relativamente estável, mas o Ethereum se destaca, conforme apontam os analistas. Eles afirmam que essa cripto já recuperou uma desvalorização significativa que sofreu no primeiro semestre de 2025 e está muito próxima de seus recordes históricos. Esse movimento pode indicar o início de um novo ciclo de alta no mercado, começando pelas altcoins.
Quando uma criptomoeda supera uma resistência importante, costuma-se observar um crescimento expressivo em seu valor. O Ethereum, ao contrário do Bitcoin, da Solana e do XRP, ainda não ultrapassou de forma significativa sua máxima histórica. Piza explica que, uma vez que um ativo quebrou esse marco, ele pode subir sem muitas barreiras.
O relatório também traz algumas projeções. Se o Ethereum conseguir ultrapassar a resistência na faixa de R$ 26.250, os próximos alvos visualizados são R$ 30.885 e, até mesmo, R$ 49.060. Isso representa uma estimativa de alta de 87%, o que animaria muitos investidores.
Os analistas ressaltam que, apesar da rotação de interesse pelas altcoins, o Bitcoin deve continuar apresentando um bom desempenho no quarto trimestre. Sua valorização pode ser impulsionada por fatores como as condições econômicas nos Estados Unidos e a instabilidade política em várias regiões. O Bitcoin, por exemplo, tende a se sair bem em períodos quando os juros caem, servindo como um ativo de risco ou até mesmo como uma proteção, similar ao ouro.
No caso do XRP, a situação é um pouco diferente. Ele seguiu as tendências do mercado e sofreu uma queda significativa no final de agosto. Para que haja perspectivas de alta novamente, o XRP precisa quebrar sua máxima histórica em R$ 20,50. Somente assim, poderia abrir caminho para alcançar os valores de R$ 26,80 e R$ 36,95.
Por último, a Solana apresenta um panorama semelhante ao do Ethereum. Atualmente negociada perto de uma resistência em torno de R$ 1.161,15, poderá alcançar preços de R$ 1.439,10 e R$ 1.611,05 se romper essa barreira.
Os analistas do mercado estão otimistas, prevendo que o Ethereum em breve deve renovar suas máximas históricas. Com informações como essas, fica claro que o interesse por criptomoedas só tende a crescer no Brasil e no mundo.
